PRODUTIVIDADE EM ALTA PERFORMANCE E SAÚDE EMOCIONAL.
Dados de saúde emocional/emocional segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019 apontam que a cada segundo ao nível do mundo uma pessoa tira a sua própria vida (suicídio), perfazendo assim anualmente 800 mil vitima.
A OMS conceitua a saúde emocional como, "um estado de bem-estar onde o individuo realiza as suas próprias habilidades, lida com os fatores “stressantes” normais da vida, trabalha produtivamente e pode contribuir com a sociedade".
Ainda a OMS aponta 10 factos sobre a saúde mental/emocional:
1. Os transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias representam 10% da carga global de doenças e 30% da carga não fatal de doenças;
2. 1 em cada 5 crianças e adolescentes no mundo tem um distúrbio mental
3. A depressão é uma das principais causas de incapacidade, afetando 264 milhões de pessoas
4. Cerca de metade dos transtornos mentais começam antes dos 14 anos
5. O suicídio é a segunda maior causa de morte em todo o mundo em pessoas entre os 15 e os 29 anos
6. Cerca de 1 em cada 9 pessoas em ambientes afetados por conflito tem um transtorno mental grave ou moderado
7. Pessoas com transtornos graves morrem 10 a 20 anos antes da população geral
8. As taxas de trabalhadores em saúde mental variam de menos de 2 por 100 000 habitantes em países de renda baixa a mais de 70 por 100 000 habitantes em países de alta renda.
9. Menos da metade dos 139 países que têm planos e políticas de saúde mental relatam que estão alinhados com as convenções dos direitos humanos
10. A economia global perder cerca de 1 trilhão de dólares por ano em produtividade devido à depressão e a ansiedade.
Diante dos factos apresentados pela Organização Mundial de Saúde podemos ver o quanto é importante o mundo do alto desempenho cuidar da saúde mental/emocional das pessoas nesse contexto.
Também há uma necessidade de olharmos para a faixa etária que temos nas nossas organizações no sentido de adotarmos uma postura preventiva e não reativa, muitas organizações têm vindo ao ser surpreendidas com essa situação sem perceber exatamente a razão de tal facto acontecer.
A garantia de uma saúde emocional para as pessoas em contexto organizacional é a mola impulsionadora do alto desempenho das pessoas nas organizações.
Atualmente temos estamos a vivenciar mudanças constantes, estas mudanças são necessárias para que as organizações continuem a materializar a razão da sua existência, cumprindo assim o seu objetivo, missão e concretizar a sua visão.
O alto desempenho exige que a organização tenha mecanismos de controle exigentes no sentido de mensurar de forma certeira a produção, isso faz com que as pessoas em contexto organizacional estejam em frequente pressão, o contexto da pressão que estamos a sofrer no mundo organizacional com as mudanças que está à ser rápida e continua, as pessoas tendem a viver cada vez mais pressionados emocionalmente.
Daí o aparecimento de transtornos como a ansiedade e a depressão que uma vez não tratados levam ao suicídio, uma vez que a organização tem um bom diagnóstico do seu pessoal como as faixas etária e habilidades técnicas pode prevenir da melhor maneira possível com tais transtornos.
1. A prática de exercícios físicos (dentro ou fora da empresa, ou ainda a ginástica laboral) é um dos mecanismos de manter a saúde física e emocional;
2. Educação sócio-emocional, levar os colaboradores a ter um equilíbrio entre a vida no e com o trabalho e a sua vida familiar e do lazer;
3. Programas de melhoria da vida dos colaboradores promovendo conhecimento na área de alimentar e evitar a obesidade, questões como planeamento familiar, género e outras questões mais;
4. Ensinar as pessoas a lidarem melhor com as emoções fomentando na organização práticas de autoconhecimento e dosificar a pressão e horários de trabalho;
5. Promoção de sessões de meditação no sentido de levar os colaboradores saberem lidar com a pressão da mudança que criam problemas emocionais.
Ao falarmos de alto desempenho falamos também de desempenho, as organizações nestes contextos tende sempre a mensurá-lo, porém nem sempre o baixo desempenho tem a ver só com a falta de comprometimento, ou falta de domínio técnico para aquela posição, dados apontam que atualmente as organizações estão a perder pessoas por não prestarem atenção na forma como cuidam dos seus colaboradores, levando-os a abandonarem a organização por falta de gestão das emoções e por não saberem lidar com a pressão, daí urge a necessidade de o líder conseguir identificar a causa objetiva que leva o funcionário a ter esse comportamento.
A cobrança que se faz aos colaboradores pode fazer com que as pessoas passam ser vistas como Recurso/Coisas, há necessidade de haver equilíbrio de quem lidera pessoas nas organizações, sabendo casar as pessoas com a produção.
O desenvolvimento do negócio está ligado ao desenvolvimento das pessoas, uma vez que as pessoas não estão bem não tem como participar do desenvolvimento do negócio, daí a chamada de atenção da necessidade do investimento ao nível comportamental e emocional do colaborador. A felicidade pode ser promovida pelo trabalho, não basta desenvolver as pessoas, precisamos de ajuda-los emocionalmente no sentido de sabermos lidar com os dias de esgotamento quer físico, quer emocional.
Outra análise a ser feita é a questão da pressão sobre as pessoas, no mundo empresarial onde se exige alta performance precisamos de olhar para as consequências da pressão constante sobre as pessoas, geralmente esses ambientes estigmatizam as pessoas nas organizações, logo a uma necessidade de ter um bom treinamento sobre as emoções.
As pessoas não estão a abanar as empresas devido à falta de dinheiro, mas eles não encontram uma estabilidade emocional dentro da organização, precisamos gerar produtividade fazendo uma ligação entre os objetivos organizacionais e pessoais.
A produtividade é motivo de satisfação tanto para a organização como para o individuo, é preciso criar um ambiente de valorização tanto dos colaboradores como da empresa.
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