LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE.

É facto que, actualmente a liderança é a chave de sucesso das organizações, mas o exercício de liderar não é nada fácil de lidar, se por um lado temos líderes a despontarem, por outro lado, tem pessoas dentro das organizações que buscam cada vez mais autonomia para o exercício profissional e até a criação de independência laboral.

As organizações hoje apresentam a liderança, duas categorias de crises: por um lado as crises exógenas (externas) e as crises endógenas (internas). Todas as organizações que conseguem liderar essas duas crises tendem a ter sucesso e a diferenciarem-se no mercado que cada vez mais se apresenta competitivo.

As crises exógenas ou externas elas estão ligadas a aspectos contingenciais, como, por exemplo, os aspectos económicos, climatéricos, instabilidade política, e as pandemias. As crises endógenas ou internas estão ligados funcionamento interno das organizações, aqui destacamos aspectos como choque de gerações, a rotatividade, remuneração, retenção de talentos e outros.

Crises permanentes trazem novos desafios para quer para as organizações, quer para as pessoas, nota que a liderança quando consegue liderar as crises das organizações que na sua maioria partem das crises das pessoas há uma forte tendência de elas darem-se bem diante da competição.

Agora as organizações vivem uma fase de crise, provocada por aspectos exógenos que tem um impacto sobre os endógenos, diante disso as lideranças passam essencialmente por duas fases de acordo com a Harvard School Management: a primeira é a de emergência, quando a tarefa do líder é estabilizar a situação e ganhar tempo. A segunda é a adaptativa, quando são abordadas as causas subjacentes à crise para se construir a capacidade de prosperar numa nova realidade.

As lideranças precisam reagir e diagnosticar rapidamente a fase em que estão para conseguirem marcar posição diante das crises. Notamos que uma liderança quando não marca posição tem a tendência de se isolar, não comunicando, fica assim cada vez mais difícil lidar com a crise, por ela ter um vertente exógena e outra endógena.

Percebemos que nos hoje devido à pandemia COVID-19, as empresas não estão a produzir o suficiente para lidar com os seus encargos o que no longo prazo pode criar problemas sérios para a saúde das organizações, por outro lado, vai observar que as pessoas têm as suas necessidades básicas por satisfazer, por isso elas vendem a sua força de trabalho.

Como resolver então o dilema organizacional dos exógenos e endógenos? Quando decidimos fazer um investimento temos de ter presente que vamos correr riscos, com as crises são vemos o grande momento em que as organizações vivem ou sentem na (pele) os riscos oriundos dos investimentos em negócios.

A pandemia Covid-19, colocou em risco quase todas as organizações, porque quase todas as organizações? Verificamos que no meio dessa crise algumas organizações já se reposicionaram e já se reajustaram a nova fase, estas no que lhe concerne já adotaram novas práticas, exemplificando, elas já criaram condições para venderem os seus produtos usando as tecnologias, potenciaram verdadeiros home offices para os seus colaboradores, dinamizaram os sistemas de controlo interno de produção e desempenho humano.

O binómio, Produção e Desempenho Humano é o maior ponto de realce nessa fase de crise, como as empresas vão controlar a produtividade e como vão mensurar o Desempenho das pessoas? Criando métodos ligados com a nova realidade, se o trabalho é feito em casa há uma necessidade de existir maior flexibilidade tanto da parte da organização quanto na parte do colaborador.

Bom desempenho humano é alavanca dos bons resultados produtivos para as organizações. Para existir um bom casamento entre Produção e Desempenho Humano, há necessidade da liderança  adoptar um comportamento adaptativo, parafraseando a uma lei biológica da perspectiva da evolução da "lei da seleção natural" todo o organismo ou espécie que não se adapta desaparece, este é o caminho que as empresas que não se adaptarem seguirão.

Termino a citar HSM Mudanças sempre trazem insegurança, especialmente quando implicam em perda. Nessas horas entra uma característica fundamental do bom líder: empatia. Os líderes vão precisar da ajuda das pessoas — não de uma lealdade cega para segui-lo rumo ao futuro, mas a ajuda entusiasmada no sentido de ajudá-lo a descobrir esse caminho. Para isso, “você deve equipá-los com a capacidade de desempenhar num ambiente de incerteza contínua e mudança incontrolável”.

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