Suicídio: da moralidade a um problema social!

Contemplo através das redes sociais uma onde de publicações relativas ao suicídio, geralmente preocupo-me em perceber as ondas de comoção diante dos fenómenos sociais reais transferidos para fenómenos sociais virtuais através das redes sociais.

Olhando para tal facto algumas análises foram feitas por mim tendo por base teórica a psicologia, teologia e  sociologia que delas alimento a minha forma de pensar sobre assuntos "reais que o virtual tende a viralizar", não seria diferente com o suicídio, daí a necessidade de percebermos a percepção do suicídio do moral ao social.

Para a tradição cristã da qual me revejo entendo que a prática de tirar a sua própria vida é condenável porque é contra os preceitos bíblicos, aqui permitam explicar preceitos bíblicos: a bíblia é a palavra de Deus, nós os cristãos acreditamos nela como regra de fé e de prática, ou seja, nos movemos e vivemos de acordo com ela (ainda que de forma ideal), logo tudo aquilo que viola tais preceitos é condenável e não aceite no meio da tradição cristã.

Mesmo com a ação condenável da religião o fenômeno não parou ele continuou e está a acontecer no seio dos cristãos, há necessidade de pensar como lidar com isso?

Para responder o questionamento recorre-se então a psicologia e a sociologia para entender o fenômeno.

Dos livros mais completos que existem a falar do assunto é o suicídio de Émile Durkheim, quantifica os suicídio e dá uma resposta técnico- científica da questão onde caracteriza vários tipos de suicídio.

Diante da realidade sociológica torna-se necessário perceber a mente humana para entender que um indivíduo que ontem estava connosco a rir entrou para um quarto e tirou a vida, uma jovem formosa que foi deixada pelo namorado atirou-se de um prédio a baixo, de que um jovem promissor profissionalmente pegou num revólver e atirou contra si, dos problemas de um lar filhos e pais se suicidam e do fracasso pessoal acabamos por nos matar... Realmente é difícil perceber!

Seguindo o pensamento de Émile Durkheim podemos olhar para o suicídio de duas maneiras:

Moral - todo o humano através da sua educação possui uma visão cultural, educacional e tradicional do cotidiano. Ferir a moral é ferir aquilo que se aprende ao longo da vida, tradicionalmente o suicídio é visto nessa perspectiva como um problema moral da sociedade ligado.

Social - tem a ver com a capacidade do indivíduo se relacionar com os outros, o estar presente na vida dos outros e outros na sua.

Para a nossa abordagem um tanto quanto "posmoderna", admitimos que o suicídio já evoluiu do moral para o social, uma vez que ele interfere no curso normal da vida das pessoas em sociedade.

Factores sociais que apontam para o suicídio são: ocupação, urbanização,
religião, mudança social, como também a fatores não sociais tais como hereditariedade, raça, clima.

As pessoas que vivem em sociedade elas  passam por vários problemas que afectam a sua psique e a sua capacidade relacionamental com os outros, daí a necessidade de pensarmos numa só via para evitarmos a propagação desse fenômeno.


  • 1. Vigie pessoas que estão no grupo de risco (meninas de 12 aos 24 anos de idade;

2. Cuide da sua espiritualidade;
3. Não acumule problemas, resolva-os, cada problema resolvido sinal de progresso;
4. Afaste-se de pessoas e ambientes tóxicos: empregos, bullying, namoros e outros;
5. Tenha coragem de dizer: sim e também não;
6. Tenha tempo para si, descanse, divirta-se
7. Adopte um estilo de vida próprio capaz de te realizar e não realizar a outros;
Conheça os seus limites e trabalhe neles;
Evite o consumo de placebos sociais (drogas e álcool) dão-te paz temporária e não solução;
Tenha amigos para abraçar e chorar (exercite a sua sensibilidade).

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